OUTRAS VIAGENS

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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

VOLTA PARA CASA

9 e 10 de JANEIRO DE 2012 -
a) Eu havia planejado fazer esta viagem em 7 dias, mas resolvi usar apenas 5. O forte calor em toda a região por onde passei me deixou encafifado. Só havia um lugar confortável para ficar: no quarto do hotel com o ar condicionado ligado. E eu, certamente, não saí de casa montado numa motocicleta para curtir quarto de hotel.  Fiquei, literalmente, entre a "Cruz e a Caldeirinha" durante boa parte do trajeto. No mais, já  havia passado pelos locais planejados e me deu um comichão danado de dar um pulinho em Ciudad del Este para comprar umas muambas. Assim, resolvi deixar a Argentina e seguir para Foz do Iguaçu na tarde do dia 8.
b) Esta foi a primeira viagem que fiz na vida sem qualquer compromisso. Não me preocupei com local certo de pernoite, nem com com a paridade entre as moedas. Só fiquei sabendo que 1 real estava valendo 3 pesos argentinos quando fui pagar uma cerveja, em San Ignácio, num calorzinho acima de 40 graus. Meu amigo Glênio falava que "quem computa não desfruta". Apliquei esta teoria durante toda a viagem, sem qualquer arrependimento.
c) Fiz o retorno para casa em dois dias, cumprindo os mil e seiscentos e poucos km do caminho de volta, deleitando-me do prazer de pilotar uma moto pelo estradão da vida. Dormi em Foz do Iguaçu/PR no dia 8, em Regente Feijó/SP no dia 9, e adentrei as portas de minha residência em Brasília no dia 10, por volta das 19 h.
c) Já se tornou repetitivo e monótono voltar para casa embaixo de chuva. Peguei 3 h de céu desabando em Minas Gerais, a ponto de eu ter que me proteger num posto de gasolina por mais de 1  hora, sem qualquer condição de seguir adiante. A chuva amainou, mas não parou. Vim pilotando pianinho, com a calma e a velocidade que esta situação exige. Porém, isso já era esperado, porque só existem duas certezas numa viagem no pico do verão: calor e chuva.
d) Embora eu advogue a tese de que "aventura" e "contratempo" são substantivos que andam sempre juntos, não vejo na ação dos elementos qualquer conotação de "contratempo". Calor, frio, chuva e ventania são situações que devemos nos adaptar, sem resmungar. Agora: pista esburacada, acidente na estrada, moto quebrada e polícia safada são "contratempos" de verdade. Sob este aspecto, posso classificar minha viagem como 100% tranquila.
e) Fico por aqui, encerrando a narrativa de mais uma experência de grande significado em minha existência. Esta foi minha quinta viagem por países da América do Sul e, como em todas as demais, deixará suas "marcas personalizadas" em minha alma. Enquanto for possível, vou continuar viajando, na tentativa de conhecer e aprender com as maravilhas que o mundo nos proporciona. Forte abraço a todos que me acompanharam.

 (travessia do estado de S. Paulo)


(tenda de abacaxi em Frutal/MG)

 (divisa de SP/MG)
 (chegando no Quadradinho)

(odômetro final: 4024,8 km rodados)

6 comentários:

  1. Parabéns Flávio por mais alguns mil km rodados em seu longo e admirável hodometro "viagilístico" (acabei de inventar este termo)kkkkkkkk. Fico orgulhoso em ver nossos irmãos de moto clube aí pelo mundão de Deus!!!!

    BF1.

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  2. Somente cinco dias de viagem e visitando estes lugares lindos, também quero, ou pelo menos colocarei no roteiro para a próxima.
    Seja bem vindo meu amigo.
    Abç
    Gilson

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  3. Farofildo, meu chapa... Está é o que se pode chamar de uma "rapindinha", hein? kkk
    Que bom que voltastes tranquilo para BSB, sem problemas e contratempos... Seja superbemvindo!!! E ainda deu tempo de comprar umas muambinhas no Paraguai, né? Bom demais! Gostei do final filosófico: "...continuar viajando, na tentativa de conhecer e aprender...". Esse é o Espírito!!! Farofa, Nosso Grande Aventureiro e filósofo! ui ui... Valeu, meu Irmão.

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  4. Bressan24.1.12

    Mais uma bela viagem traduzida em ótimo relato! Parabéns xará!!!

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  5. Acelerar com a nossa motocicleta sem ter fim.

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